terça-feira, 23 de agosto de 2011

bem lá no fundo...

Pra começar eu não encontro palavras pra descrever o que tô sentindo agora. É uma mistura de dor, saudade, perda, confusão, uma bagunça. Só sei que dói, dói e não é pouco.
Perdi um tio hoje... Tá que a gente não era muito achegado, que eu pouco via ele, porque aliás, a história da minha família é longa e não é uma das mais felizes. Mas doeu muito, doeu muito ver o meu pai chorando, ver a minha tia se despedindo dele, doeu ver ele lá, daquele jeito...
Mas isso me refletir. Me fez pensar que a gente tem que amar, tem que demonstrar, tem que dar valor a uma pessoa enquanto ela ainda está viva, porque depois que ela se vai tudo se perde. Só ficam aqueles " ah, como eu poderia ter ido falar com ele" "ah, como eu queria dar um abraço" e isso não leva a gente a lugar nenhum, só para um mundo de vastas promessas não cumpridas.
Mas sobretudo, me fez pensar no quanto eu gosto da minha família, de ambos os lados, e como eu queria que tudo fosse diferente, em todos os sentidos. 
E é sim nas horas mais difíceis que realmente vemos quem se preocupa com a gente e quem está ao nosso lado só por estar mesmo. Sei que sou muito exigente, pouco pra mim não é nada. Ou você vem e se atira, ou some e esquece que me conheceu. Pena que nem todas as pessoas são assim... Uma pena mesmo.
Num momento em que eu preciso de um abraço, que o meu coração tá assim tão... apertado, são poucos, muito poucos os que realmente se preocupam. As vezes até quem você mais ama, pouco se importa. E é aí que tá a questão. Por que tem que ser assim? Me diz, vai... POR QUÊ? Por que quem a gente mais ama às vezes não liga, não se doa tanto quanto você, ou talvez nem a metade... São perguntas assim, sem respostas que me deixam extremamente confusa.
Aí um dia você pega e morre, e todos choram. De que adianta, me diz? Repito: a gente tem que amar, tem que demonstrar, tem que dar valor a uma pessoa enquanto ela ainda está viva. 


Isso foi mais um desabafo mesmo... 

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